Recuperar Ânimo

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13 de Outubro de 2010


“Davi muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa de seus filhos e de suas filhas; porém Davi se reanimou no SENHOR, seu Deus.” (1 Samuel 30:6 ARA)

O povo, quando fica nervoso, faz coisas que depois se arrepende. Falavam em apedrejar Davi. Claro que ele estava angustiado, nada mais natural, mas aí apareceu sua ligação profunda com o Senhor. Davi se recupera buscando ânimo em Deus. Isso é atitude de quem conhece ao Deus verdadeiro, que o ama, que prefere fazer certo do que encarar sozinho.

Esse talvez seja um dos grandes problemas de nossos dias, pois cada vez menos pessoas buscam ânimo no Senhor. Eu não sou contra os psicólogos, terapeutas, conselheiros e afins. Aliás, defendo o exercício honesto de suas profissões como algo de elevado valor para a sociedade. Mas muita gente não precisaria estar em tratamento se estivesse em santidade. Se buscasse a face do Deus vivo não precisaria buscar ajuda clínica.

Obviamente cada caso é um caso e não se deve generalizar, mas uma coisa é certa e vale para todo mundo: Deus é fonte de refrigério, de socorro e de ânimo. Nele qualquer um de nós encontra uma fonte para se reanimar. Assim como foi com Davi, Deus tem interesse em ser com todos nós, com qualquer um de nós.

Eu vivo dias difíceis e vivo dias maravilhoso, deliciosos. A diferença não é a presença ou ausência de Deus e sim as circunstâncias ao meu redor. Assim como Davi nesse episódio, meu ânimo e minha angústia são afetados pelo que está ao meu redor. Mas nada afeta minha confiança em Deus, seja para mais ou para menos. Isso não pode acontecer. Confio em Deus pelo que Ele é, não pelo que acontece ao meu redor.

Davi se reanimou no Senhor diante de um povo que queria apedrejá-lo, e talvez até com razão. Não importava a situação. Sejamos assim também.

“Pai amado, que maravilha não precisar olhar ao meu redor para saber se posso confiar em Ti. Me ensina a ser mais confiante e mais motivado por Ti.”

Mário Fernandez

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Lugar Errado

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“Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia.” (Mateus 28:6 ARC)


Muitas pessoas ainda procuram a Jesus no lugar errado, por exemplo, na cruz ou no sepulcro. Ele não está mais naquela cruz, pois ressuscitou. Também não está mais no sepulcro, pelo mesmo motivo. Vamos entender isso de forma mais clara e mais profunda.

Procurar Jesus na cruz é ignorar tudo que aconteceu depois da crucificação. É o comportamento de Tomé, tão criticado por alguns que o têm por um incrédulo. Toda vez que ignoramos promessas como “estarei convosco todos os dias”, ou se desdenhamos coisas como “estes sinais seguirão os que crerem”, ou ao negligenciar mandamentos como “ide por todo mundo”, o que fazemos é exatamente parar o cronômetro da história na cruz. Mas isso não invalida tudo que Jesus de Nazaré fez neste período, apenas nos deixa à margem. O prejudicado, portanto, é apenas e tão somente quem tem este tipo de conduta. Está buscando Jesus na cruz, pois estou falando de pessoas que oram, que afirmam crer nele, estão nas nosssas igrejas, dão dízimo. Apenas não conseguem ir adiante da cruz.

Procurar Jesus no sepulcro é o que fazem os que se intitulam céticos, racionalistas, ateus, ou simplesmente não aceitam nada sobrenatural. Tudo tem de ter lógica, tem de ser científico, tem de fazer sentido. A ressurreição é um ato sobrenatural de Deus e não de fazer sentido racional. Não crer nisso o deixa historicamente no sepulcro. Mas igualmente, não muda a verdade dos fatos e tão somente coloca à margem os que assim procedem. Há pessoas assim dentro de nossas igrejas, mas muito mais fora delas. A própria constituição da igreja e seu cotidiano é incompatível com este tipo de coração.

O que faremos então? Vamos manter Jesus na cruz? Ou sepultado? Não sou companheiro para isso. Meu Jesus ressuscitou, não está mais ali. Creio nas promessas, nos milagres, nos sinais, no sobrenatural de Deus. O mesmo poder que ressuscitou a Cristo age em mim hoje e é pelo Seu Santo Espírito.

“Pai, ensina-me a ter mais fé, no sentido de crer naquilo que a Biblia ensina, especialmente quando não faz sentido. Ajuda-me.”

Mário Fernandez

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Murmuração

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Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;” (Filipenses 2:14 ARC)


Paulo está tratando neste capítulo de aspectos da conduta cristã, especialmente das coisas cotidianas de uma vida simples. Mas a murmuração é um grande gigante a ser derrubado, pelo menos em nossos dias, da mesma maneira que já era naquele tempo. Murmurar é o oposto de louvar e ocupa o tempo e as palavras que deveriam apregoar as boas novas de Cristo.

Quando a Bíblia usa a expressão ‘todas’, se refere a ‘todas’ as coisas. Como ajudar um alcóolatra ou drogado pela décima vez? Como perdoar uma liderança relapsa? Como continuar contribuindo com uma causa que parece não progredir? Como continuar tentando um casamento que parece ter desmoronado? Cada pergunta tem sua resposta específica, mas para todas elas inclua “sem murmurar”.

Murmurar se tornou uma cultura internacional e tem, em si mesmo, um conceito pouco notado de emitir juízo – eu murmuro e critico por que no meu julgamento não deveria ser como é. Ao murmurar por que chove, criticamos Aquele que fez a chuva. Ao criticarmos o sol, fazemos o mesmo. Ao criticarmos as pessoas, especialmente as que servem a Deus, estamos criticando o Senhor delas. A murmuração faz mal para quem fala, faz mal para quem ouve. Não muda a realidade ao nosso redor, semeia algo da mesma espécie – mais murmuração.

É fácil pensar sobre isso: se vamos contratar um funcionário ou escolher um vizinho para morar, escolhemos o otimista ou o que murmura? Se temos perto de nós uma pessoa que murmura, preferimos alimentar seu hábito ou nos afastamos? Agora pense comigo: por que alguém vai querer ouvir o evangelho de alguém que murmura? Se só reclama, como vai trazer boas novas?

Precisamos aprender a desenvolver alegria para servir a Deus em todas as instâncias e isso pode ser conseguido com atitude interior, mas a murmuração vai minar esse esforço. Quem consegue parar de murmurar consegue começar a louvar. Quem consegue vencer a murmuração muda as coisas ao seu redor.

“Pai, ensina-me a controlar meu temperamento e parar de murmurar. Pode ser que existam pessoas que murmurem até mais do que eu, mas quero tua ajuda assim mesmo.”

Mário Fernandez

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Gratidão

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Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós,” (Filipenses 1:3 ARA)


Uma das coisas que nunca me esqueço na faculdade de teologia era o professor de grego dizendo “quando a Bíblia diz tudo significa, pasmem, TUDO”. Tudo indica sem excessão, sem deixar nada de fora. Não há o que interpretar, não há margem de erro. É simplesmente tudo, daquilo que está sendo dito.

Meditemos então no seguinte: Paulo disse aos irmãos em Filipos que dava graças a Deus por TUDO que se lembrava deles. Tudo bem que Paulo era certamente muito generoso com seus discípulos, mas temos de concordar que ser grato por todas as memórias é um desafio muito além das possibilidades da maioria de nós. É claro, isso pensando em termos naturais e dentro de uma realidade que conhecemos de igreja, de relacionamentos e de ministérios. Mas Paulo, que por um lado era excepcional, por outro lado também não era filho de cristão, não se converteu jovem e não teve Jesus como seu mestre, tendo de aprender de outros.

Meu querido, eu e você precisamos aprender com Paulo neste ensino. Devemos ter gratidão a Deus pelas boas memórias por que elas nos trazem esperança e nos alegram. Mas também precisamos ser gratos pelas lembranças menos nobres, tristes e amargas, pois nelas somos aperfeiçoados e ficamos alertas para os erros que cometemos. Isso é maturidade.

Por outro lado, como irmãos em fé, cabe a nós fazer com que nossos líderes tenham de nós as melhores recordações possíveis, sempre dando graças a Deus a nosso respeito – sem esforço ou dificuldade. Acertar é mais difícil que errar, assim como fazer bem feito dá mais trabalho que fazer de qualquer jeito. Mas não podemos ser egoístas nem imediatistas. Olhemos para o alvo a ser alcançado. Pensemos que, no Reino de Deus, as coisas são invertidas e o que parece que não compensa é o que mais recompensa. Vamos semear boas memórias aos nossos líderes e cultivar gratidão pelas recordações de nossos liderados.

“Senhor, alegra-me ter recordações daqueles que o Senhor me confiou. Quero aprender a semear alegria e gratidão na memória dos meus líderes.”

Mário Fernandez